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Mostrando postagens de março, 2010

A LIBERDADE DA SIMPLICIDADE

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Não existe Evangelho verdadeiro nem igreja genuína sem simplicidade. Para justificar tão radical assertiva, focalisei o olhar para nosso líder maior, Jesus de Nazaré (alocado nessa cidade menosprezada no norte da Palestina, situada na desprezível região da Galiléia) e seu nascimento em um curral em Belém da Judéia, na mais extrema pobreza. Jesus era simples e seus seguidores deveriam ter a imagem da simplicidade gravada em suas vidas, como reflexo de seu Mestre maior. Ele mesmo chegou a dizer: “As raposas tem seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. Sem teto, sem cama e sem travesseiro, Jesus nos mostra o caminho da modéstia e da liberdade plena na simplicidade, quando asseverou que os pobres de espírito, e não os ricos presunçosos ou os líderes detentores do poder religioso são os que se depararão com os portões do céu escancarados e entrarão no Reino dos Céus pelas portas. Isso nos remete ao fato de quão pretensiosos somos quando ins

O TRIPÉ DA LIBERDADE CRISTÃ

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Liberdade... Termo mal compreendido, mal utilizado e tão depauperado pelo legalismo corrosivo! Mas quer saber? Gosto desse assunto. Porque ele não é redbull , mas me dá asas à imaginação, e eleva o espírito antecedendo as indizíveis manifestações do céu, me fazendo perpassado pela glória celestial mesmo aqui na terra. Por isso, compartilho com você três princípios que regem esse tópico tão controvertido e ao mesmo tempo transcendental, em três textos que serão postados periodicamente: A Liberdade da Consciência, a Liberdade da Simplicidade e a Liberdade da Transcendência. Vamos então ao primeiro ponto. LIBERDADE DA CONSCIÊNCIA Philip Yancey já disse que a igreja é o lugar onde unidade não quer dizer uniformidade e diversidade não significa divisão, e eu acrescentaria um ponto a mais: a igreja é o lugar onde liberdade não quer dizer libertinagem. O apóstolo Paulo disse isso na sua carta aos gálatas: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submet

MUNDO NA LAMA

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Não sei se houve uma aceleração repentina do tempo, fruto do deslocamento do eixo da Terra em vários graus, ou se a gente se envolve com tantas atividades no dia-a-dia que parece que o tempo está voando... Mas na verdade o tempo caminha no mesmo ritmo... Nós é que mudamos o eixo de nossas atividades prioritárias. Ontem foi a entrada do ano, hoje já é março, daqui a pouco é a Páscoa, e a Copa do Mundo está às portas. Desde o inicio do ano de 2010 vejo pasmo, fatos e eventos catastróficos acontecendo no mundo, concentrados em um espaço tão curto de tempo, que me deixaram preocupado...Parece-me que se configuram em nosso mundo, os traços definidos de um cenário dantesco tão sombrio e amedrontador quanto o desenlace dramático das páginas do Apocalipse. Mas não é só o homem que está sacudindo loucamente os pilares da terra. É a natureza que geme como que sentindo dores de parto como diz o Livro Antigo, e o globo terrestre convulsiona como corda tensa prestes a rebentar. O mundo está desaban

MEMÓRIAS - tempos do Seminário

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Estava morando em Recife. Decidi ir para o seminário aos dezesete anos, depois de um retiro no acampamento Palavra da Vida em Paudálho, zona da mata em Pernambuco. Já havia sido impactado pela experiência tremenda de participar em Manaus do avivamento que sacudiu a IPM e o mundo na década de setenta. Terminei o segundo grau no Colégio Americano Batista e como não viria a Manaus nas férias de 78, para aproveitar o tempo, ingressei no Seminário Batista do Norte. Nesse ano, fui aluno de “feras“ como Merval Rosa e Harold Shally. Só em 79 comecei a fazer o seminário Presbiteriano do Norte situado no pacato bairro de Madalena, à rua Demócrito de Sousa Filho. O terreno era grande e muito bonito e finalizava com o rio Capibaribe aos fundos. As casas dos professores Otto Dourado (teologia) e do Hantz Newman (hebraico) ocupavam a parte da frente. Depois que se passava o portão, se defrontava com uma árvore frondosa, após a qual havia uma quadra cercada de pitangueiras. Todas a tardes, aí pelas