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Mostrando postagens de outubro, 2012

o colhedor de frutos

     Havia na terra um servo que aproveitava todo o potencial do pomar de dimensões universais de seu senhor. Esse pomar era muito diversificado, contendo toda sorte de frutos sem que as plantações tivessem encerradas em jardins fechados e inacessíveis ou em áreas delimitadas. Ao contrário, aquele viticultor simples podia lançar mão de todos os frutos sem se preocupar se adentrava em áreas proibitivas ou exclusivistas. Assim, poderia colher dos seus inúmeros frutos, os melhores e mais bem escolhidos, o que tornava sua vida plena de alegria, ao bel prazer de suas próprias escolhas, que eram livres como os pássaros, só prestando contas ao seu Senhor e Dono do Pomar.      Esse lavradio de dimensões estupendas era um lugar aonde não havia marcos demarcando os terrenos, e o Pai Agricultor sempre atento, jamais permitia a proliferação dos cardos sutis da dicotomia, como se em Seu Pomar houvesse a hipótese longínqua da separação das coisas de forma departamentalizada em coisas de fora do