O LADO HILÁRIO DA VIDA - "CINTO" MUITO!



Interessante o ciclo da vida...Um dia a gente está por baixo, vagando meditabundo, sem rumo definido, outras vezes por cima, experimentando ápices do melhor que a vida pode oferecer. E esse ciclo burila nossa vida resultando em um equilíbrio tão necessário a vida humana. Hoje lembrei de uma fato hilário que aconteceu no tempo que morava no bairro D. Pedro I. Nessa época, eu compartilhava com todos os mortais normais da dependência de um transporte coletivo, (ônibus- do latim ômni-bus -para todos),e estive sob a frágil contingência de situações inusitadas para não dizer hilárias durante o tempo prolongado que freqüentei esse tipo de transporte urbano.
Antes de narrar o acontecido propriamente dito, devo enfatizar três coisas. Primeira, que eu entrei no busão lotado no sentido centro-bairro. Note bem o nome da rota: Inter-bairros. O que quer dizer que esse ônibus trafegava por todos os bairros possíveis e impossíveis de Manaus. Depois, preciso definir o conceito de "lotado". Aqui me refiro a estar exageradamente entupido de gente, sem condição de passar um cabelo sequer entre os corpos suados que se oprimiam dentro do coletivo naquela tarde, debaixo do sol de uma hora da tarde. Bom, outro aspecto que vale ressaltar aqui. Meu corpo nessa época, ainda era muito franzino, significando dizer que não tinha vigor físico pra romper uma muralha humana tão rígida à minha frente.
Quando já estávamos nos aproximando da praça do Dom Pedro perto de onde morava, umas duas paradas antes da minha, me aparece do nada uma mulher morena, molhada de suor e de compleição física avantajada, (pra não dizer excessivamente gorda), que ao passar por mim, engata, não sei como, o cinto dela no meu. Houve um hiato no tempo, ela me olhou e eu pra ela, e foi aí que a mulher começou a caminhar firmemente como um tanque de guerra, para a porta de saída e me arrastando junto com ela. Ela ia na frente abrindo espaço e eu atrás atropelando, pisando e sendo acotovelado pelos passageiros descontentes com aquela situação, passando por aquela barreira intransponível de gente como nos desenhos animados uma rolha sai do gargalo de uma garrafa. Eu gritava: "Senhora, essa não é a minha parada! Senhora! eu não vou sair aí!" e ela gritava de volta: "Não quero nem saber! eu vou sair e pronto; não mandei ninguém ficar grudado em mim!". Eu gritava que aquela não era minha parada, mas nada detinha aquele rolo compressor humano. Até que o Deus misericordioso ouviu minhas orações e os cintos desprenderam (será que foi intervenção de anjos?) num forte puxavão, e ela finalmente me largou, saindo bufando rua abaixo.
Saí duas paradas depois, todo amarrotado, cabelos desgrenhados, óculos retorcido, pingando de suor, mas com uma grande sensação de alívio. Nunca o ar daquela praça me pareceu tão refrescante como naquela tarde de verão amazonense!
Coisas que acontecem e nos faz rir, mesmo muito tempo depois.

Comentários

markeetoo disse…
huauhauhauha essa história eh mt boa!
Marilena Silva disse…
huauahuauhuau,tem coisas que só acontecem com o Manel... lembro de uma vez que ele esqueceu uns papéis em cima do carro e saiu dirigindo...mas, isso fica pra próxima....
Essa tinha que mandar pros roteiristas do Mr. Bean... hilária!
Drika disse…
Fiquei tentando imaginar a cena.. e a cara dele depois dela ter saído do ônibus!!! rs
Anônimo disse…
AlyCampos:

Confesso: Chorei de tanto rir..huahua..esso foi 10!
Ed disse…
muito engraçado, pq fico imaginando a cena e sinto até o fedor do suor do povo..kkkk..pior de tudo é ficar rindo na frente do computador e o povo do trabalho ficar me olhando com cara de "coitada essa tá doida"..rsrs.
Mare disse…
ausahushaus, adorei a história! fiquei imaginando as caras de voces x)
essa foi ótima tio :*
Unknown disse…
Que loco hahahahahahaha.
Se transporte coletivo tivesse vida, seria escritor. Muita coisa maluca acontece dentro de um ônibus. palavra de quem entende do assunto ein...
E pelo jeito acontece muito mais se o Manel tiver nele, hahahahahaha.
D+

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