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Mostrando postagens de maio, 2009

PEQUENOS HERÓIS

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MEMÓRIAS - Aeroporto de Ponta Pelada

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Sempre fui fascinado por aviões, até hoje. Ainda fico espantado em ver uma máquina mais pesada que o ar, pesando muitas toneladas, se erguer como um pássaro gigantesco e elegante, permanecendo muitas horas seguidas no ar. Às vezes quando viajo, me vejo flutuando dentro de uma dessas máquinas fantásticas, às três horas da manhã, confinado numa casquinha de noz na escuridão imensurável do espaço, a 10.000 metros de altura, numa temperatura externa de 50 graus abaixo de zero, e aí me pergunto: que estou fazendo aqui? Passeio raro, mais do que esperado era buscar alguém no Aeroporto Ajuricaba de Ponta Pelada. Geralmente eram minhas avós, Antonina (por parte de pai) e Lilia (por parte de mãe) que sempre estavam viajando. Lembro em acordar bem cedinho , meu pai já havia contratado o táxi do seu Aerolino, que ficava em uma frota enfileirada perto do Relógio Municipal na Av. Eduardo Ribeiro. Naquela época nós não tínhamos nem carro, nem telefone. Nem faziam falta. O carro de seu Aerolin

EM ALTO E MAL SOM

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Me sinto indignado com o número de pastores e líderes de igreja que adotam uma verdadeira confissão “de má fé” e que vivenciam na prática, o lema “os fins não justificam os meios”. Li essa semana a respeito de um pastor que foi preso por não respeitar a lei de crimes contra o meio ambiente do código ambiental do Município. O barulho ensurdecedor das pregações, orações, ministrações e músicas reproduzidos pelas poderosas caixas de som da igreja, estavam muitos decibéis acima dos recomendados pela lei. Um dos vizinhos incomodados, munido de seu direito garantido de cidadão, reclamou, mas não foi atendido por várias vezes. Chamou a polícia, e o pastor barulhento foi preso. Mas não aprendeu a lição. Reclamou que estava sendo “perseguido por amor a Cristo". Pode? É lamentável testemunharmos fatos similares a esse todos os dias. Igrejas com pastores que em nome do Evangelho, desafiam as regras, burlam as leis e mentem descaradamente para mostrar que sua igreja cresceu. Pastores mentiros

SEM FRONTEIRAS

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“A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente. A percepção do desconhecido é a mais fascinante das experiências. O homem que não tem os olhos abertos para o misterioso passará pela vida sem ver nada”. - Albert Einstein As fronteiras do universo são um desafio enorme para nossas mentes finitas. Somente Deus não se preocupa com essas coisas, pois para Ele, não há quaisquer barreiras relativas ao tempo e ao espaço. Ele transcende a essas linhas divisórias, pois Ele é o autor de todas elas. Se pensarmos que o micro-cosmos é tão complexo e impenetrável quanto o macro-cosmos, e se tempo e espaço são assuntos restritos apenas ao nosso mundo solitário, o qual C.S.Lewis intitula de Planeta Silencioso, e Carl Sagan chama de Pálido Ponto Azul, e entendendo que em relação à eternidade, para Deus um dia corresponde a mil anos e mil anos pode corresponder a um dia, então esbarraremos sempre no denso cipoal de limitações, por mais que tenhamos como human

MEMÓRIAS - A Rua de minha Infância

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Quando dei por mim como pessoa racional, portanto, já lembrando de fatos históricos de minha vida, já morávamos à rua Luiz Antony, número 27, ao lado da entrada da Vila Vitória, a uns 30 metros da entrada do Bairro do Céu. Nossa casa ficava por detrás do Colégio Dom Bosco. Era uma rua calma, com muitos casarios antigos de tempos prósperos atrás. Haviam mangueiras centenárias perfiladas nas calçadas, de ponta à ponta. Nossos vizinhos do lado esquerdo, eram a dona Mercedes, professora particular que me ensinava matemática, morava ali bem pertinho, na Calçada Alta, e mais próximos, o dr. Caitete, e contígua à nossa casa, a bondosa e risonha dona Nenê, que falava engraçada em tom espaçado e vagaroso. Todos os dias após o almoço, ela e mamãe batiam o maior papo por cima do muro do quintal que ficava atrás de nossa casa. Do lado direito, do outro lado da vila, ficava a casa de dona Juju Bananeira, ótimos vizinhos. Mais abaixo, na esquina da entrada do Bairro do Céu, morava o Carlinhos e sua

MEMÓRIAS - A Manaus da minha infância - Parte I

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Para mim é muito difícil perceber o quanto Manaus mudou nesses últimos tempos. Ainda hoje minha memória me leva a sentir o cheiro do vapor quente subindo dos paralelepípedos da rua em que morávamos, a Luiz Antony, por detrás do Colégio Dom Bosco. Esse cheiro sempre subia logo depois da chuva. Bons tempos aqueles. A Manaus de minha infância ainda irradiava resquícios de brilhos dos tempos áureos da borracha com ruas arborizadas com mangueiras e benjaminzeiros bem podados com seus calçamentos de paralelepípedos reluzentes de granito, e pavimentadas com calçadas de blocos de mármore de cantaria portuguesa. Esse material empregado em harmonia com a arborização exuberante, fazia um efeito invejável no clima, pois não havia esse calor infernal de hoje em dia. As casas do centro eram casarios germinados, ao estilo europeu, com porão baixo, com portas e janelas com arcos frisados decorados ao estilo art nevoau, exibindo lindas sacadas com grades de ferro com desenhos complexos, obra de artista

Porque Saí da Igreja Institucional

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Compartilho com todos vocês um grito de desabafo de dois anos atrás. Nesse texto escancaro meu coração e exponho meus sentimentos mais íntimos em uma época difícil de minha vida. espero que vocês sejam muito edificados. Desliguei-me da Igreja Institucional porque quero tão somente viver o evangelho conforme Jesus, como Boas Novas de salvação e redenção que mudam o homem de dentro para fora e o faz ser reflexo de Sua graça, impactando o meio em que vive pela essência perfumada que recende do interior para o exterior e que dá vida e esperança ao mundo apodrecido. Desliguei-me da Igreja institucional porque à semelhança de Dom Quixote de la Mancha lutando contra moinhos de vento, ali também se propaga uma inóqua batalha contra os moinhos de vento dos usos e costumes, campo de lutas onde se intrometem na vida das pessoas em uma área restrita que só diz respeito à Onisciência de Deus e a consciência livre de cada um. Desliguei-me, por ver a instituição julgando as pessoas pela aparência, d

Davi Excluído

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Por algum motivo inexplicável, o Rei Davi entrou em um portal do tempo e foi teletransportado para os tempos atuais. Os únicos objetos pessoais que trouxe consigo foram os pergaminhos com todos os seus dados e os salmos que compôs. Precisando se readaptar ao novo contexto, entrou na “Igreja Fundamentalista da Reta Conduta” e pediu para ser examinado como candidato a novo membro. Pedido um tempo para debater o assunto, em seguida do qual, o corpo de liderança reuniu, Davi foi convidado a se assentar no semi-círculo em uma cadeira colocada em destaque. O mais veterano dos anciãos, coloca o óculos, e por cima das lentes olha para Davi com olhar inquisidor, sibilando com dicção impecável: - Bem, aqui consta que o senhor matou zilhões de pessoas, que experimentou muitas vezes falta de fé, em muitas outras, duvidou que Deus estava no controle das circunstâncias, teve várias crises de depressão, foi procurado como um desertor e mercenário, constatado como louco, teve várias mulheres, e aind

E VIVA A LIBERDADE!

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Algumas pessoas tem me perguntado sobre o que quero dizer com liberdade consciente, termo que venho utilizando bastante em mensagens e conversas. O apóstolo Paulo escrevendo aos gálatas nos diz que fomos criados para a liberdade e que não devemos usar a liberdade que temos, pra dar vasão à licenciosidade. Tem gente que pensa que ser livre é fazer o que quiser, botar pra quebrar por aí. Liberdade não tem nada a ver com isso. E não há texto mais mal interpretado que este, inclusive pelos legalistas de plantão, o usando para defenderem argumentos que soterram muitos cristãos sinceros debaixo de uma avalanche de regras e proibições insuportáveis. Para mim está claro como o céu amazônico em dias de sol abrasador... Regra é matéria para principiante. Não para cristão maduro. No início da fé, a regra tem seu lugar, mas só no início, sendo aplicada a neófitos, ou a criancinhas de creche espiritual, e sendo muito utilizada por religiosos para calejar mais ainda suas mentes esquisofrênicas, ma