Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2012

JUSTA HOMENAGEM!

Imagem
      Dia dos pais, Aniversário de oitenta e sete anos (Hoje, 23 de agosto), e bodas de prata, 25 anos de casado. O acúmulo de três eventos significativos no mês de agosto merece uma homenagem especial.       Manoel do Carmo Neves Silva. Maranhense, da pequena cidade de Arari, nas margens do rio Mearim. Família grande, de muitos irmãos, o pai, Antônio gostava de mudanças e empreender novos negócios, a mãe Antonina, era uma matriarca com pleno domínio nas fronteiras do lar, cuidava dos filhos com esmerada dedicação, era devota de nossa senhora do Carmo, daí todos os filhos terem Carmo no nome. Mas havia um problema, agudo, um incômodo silente, uma busca incessante por paz, sem, no entanto jamais alcança-la, ao contrário, quanto mais devoção sincera e mais orações junto ao oratório que ficava na sala do casarão, mais medo, mais angústias, e mais visagens apareciam à noite. Quando essas aparições se manifestavam, vovó Antonina conclamava os filhos para se ajoelharem diante do altar noi

QUEM É COMO DEUS?

Imagem
    A trinta e um anos passados experimentei pela primeira vez a sensação de ser pai. Não sabíamos o sexo da criança. Legal isso...cria uma expectativa maravilhosa dentro da gente. No hospital português em Recife, havia duas luzes acima da porta da sala de cirurgia, uma vermelha e uma azul, na vermelha tinha uma bonequinha e na azul, um bonequinho. A Lena lá dentro, tendo um parto natural como ela mesma queria que fosse. Lá fora no corredor, cerca de 20 seminaristas, meus colegas do SPN, estavam juntos comigo na torcida numa algazarra louca. Enfermeiras e funcionários passavam e pediam silêncio, mas a alegria e a expectativa eram grandes demais pra ser contidas. De repente, a luz azul acendeu... É homem! Então o coro da macharada eclodiu com mais intensidade, meu coração disparou, fiquei andando entre o as pessoas, abracei minha sogra, dona Francisca, ela também extasiada, e o sentimento me sobreveio aos borbotões, indescritível, latente, em forma de lágrimas, assaltando meu coração

É MELHOR COMEÇAR MAL E TERMINAR BEM

     Vendo as finais de jogos de vôlei nas Olimpíadas de Londres, começou a se configurar em minha mente um conceito bíblico bem delineado: Nem sempre quem começa bem, termina bem, ou na melhor das hipóteses, é melhor começar mal e terminar bem.     O vôlei feminino conquistou o ouro em Londres, mas só depois de perder o primeiro set com larga vantagem para o fortíssimo adversário USA, depois conseguiu virar heroicamente o jogo e conquistar a tão desejada medalha de ouro, ganhando por três sets a um. Começou mal e terminou bem.     Já o time masculino foi exatamente o oposto: ganhou fácil os dois primeiros sets, e quando foram para o terceiro set , o técnico russo mudou a tática, trocando a posição do gigante Dmitriy Muserskiy, que chega a pular quase a altura dos clássicos ônibus de dois andares de Londres, e numa virada fantástica, reverteu o quadro, e a seleção brasileira perdeu clamorosamente para a Rússia com um largo placar no quinto set.     Começou bem e terminou mal.

envelhecer é preciso

Imagem
                    UMA ANÁLISE EXISTENCIALISTA CRISTÃ DA VIDA E DA MORTE         Todos envelhecem. Isso é um fato indiscutível e uma ação do tempo inexorável. Com algumas exceções dependendo da idade, para alguns aos 40, para outros privilegiados depois dos 50, mas os traços da velhice começam a se desenhar no corpo e rugas, pés de galinha, culotes, estrias, celulite, varizes e dezenas de marcas de expressão eclodem nos cantos dos olhos, ao redor da boca, no pescoço, e quando num belo dia você se olha no espelho, lá estão elas. A pele vai ficando ressequida, a barriga infla, o cabelo cai ou fica branco, o pescoço ganha uma papada mal vinda, a estrutura óssea encolhe, e as articulações das juntas começam a ranger.          Como dizia o poeta e compositor Taiguara dos anos 70, versando sobre o velho:  Vão nascendo as rugas  Morrendo as fugas a as ilusões  Tateando as pregas  Se deixa entregue às recordações ...Range o velho barco   Lamento amargo do que não fez  E o

Pra não dizer que não falei de política

Introdução Quem me conhece sabe que abomino politicagem e os malabarismos da política partidária. Mas por outro lado, sou muito inclinado a aceitar a boa política, que ajuda as pessoas a viverem na cidade, como diz o apóstolo Paulo, na polis, do modo digno do Evangelho de Cristo, uma política não utópica, que provê maior dignidade as pessoas, que ensina “a pescar”, que fornece acesso à educação, e capacita o cidadão com senso crítico, tornando-o livre, cônscio de seus direitos, e capaz de transformar outros indivíduos, famílias e bairros e mudar o quadro de miséria e ignorância do contexto de uma cidade inteira. Nosso sistema político está apodrecido até a espinha dorsal e como o pecado que se alastra, está corrompido no seu início, meio e fim. A história política do Brasil nos mostrou que a maioria eleita pelo povo sofrido (que sempre é visto como massa de manipulação e moeda de troca), quando assumiu cargos públicos, inicialmente começou até com boas intensões, mas depois se to