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Mostrando postagens de agosto, 2009

O DIABO E O INFERNO - Colaboradores da "santidade" da igreja de hoje?

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Como pode personagens hediondos e tão indesejados, habitantes dos bastidores sombrios das regiões espirituais do mal, se tornarem coadjuvantes do culto e da santidade da maioria das igrejas da atualidade? É difícil de acreditar, mas quando duas retas aparentemente paralelas se inclinam levemente em seu vértice, é possível que em um ponto distante elas se tanjam e se toquem inevitavelmente. Não nos enganemos. A persuasão do Espírito Santo, o constrangimento da graça escandalosa, e a força irresistível do discipulado de Jesus, o cristianismo sem religiosidade, sem igrejismo e sem legalismo, adicionado a proposta de uma vida cristã relevante, marcada pela liberdade consciente são bênçãos garantidas pela Palavra de Deus e levam o cristão a buscar uma vida melhor, de santidade e utilidade no Reino. Esses são temas que normalmente deveriam constar nos sermões pregados nas igrejas de hoje. Mas infelizmente na prática, não são esses os elementos fundamentais que promovem a busca de uma vida d

PÉ DE MILAGRE - Uma ode ao apetitoso Sapoti

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Das frutas amazônicas, aprecio a grande maioria, mas se quiser me fazer feliz de verdade, me dê sapoti. De todas as saborosas frutas amazônicas, a que mais amo é o sapoti. Sapoti... O Sabor dos sabores. O fruto-rei diante do qual todos os demais gostos se tornam insípidos e inexpressivos. Esse fruto, de polpa suculenta, de formato arredondado, cuja casca é de cor parda e quando tocada, ligeiramente áspera e aveludada, é produzido em uma árvore alta e bem copada. Julho e agosto é o tempo dos sapotizeiros estarem repletos de frutos. Se não os colher em tempo hábil, teremos a concorrência desleal de revoadas incontáveis de passarinhos e morcegos, ávidos por sugar seu néctar. Semana passada, fui contemplado com a doação de vinte sapotis. Não podia ser um presente Melhor! A Eró, minha companheira de visitas de longas datas, recebeu uma grande quantidade dessas frutas das mãos de dona Perpétua, senhora idosa, porém daquela safra de mulheres que dão conta de tudo e ainda sabem o que querem. N

QUE CALOR É ESSE??????

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Que calor tórrido é esse, que causa essa irritação pegajosa e deixa o ânimo arrasado, nos fazendo habitar numa espécie de limbo sulfuroso e envolve a todos nós num torpor sonolento? Que calor é esse que produz um suor impregnado de umidade que gruda a roupa e desce aos borbotões pelo corpo todo? Porque, principalmente pela parte das tardes, somos tomados por essa sensação incômoda que drena as forças e abate o espírito? Vou lhes dizer que calor é esse. É o calor próprio de uma região outrora denominada pelos colonizadores de “inferno verde” (dá pra imaginar por quê?), situada no coração da Amazônia, empoleirada na linha tropical, na faixa equatorial, onde os raios solares incidem com maior intensidade, portanto, natural que faça esse calor estorricante e desça esse mormaço escorregadio sobre todos os que habitam aqui. É natural e é assim mesmo. Nós manauaras, precisamos nos conformar com um clima tão impiedoso, principalmente no período da vazante, durante seis meses de estiagem, sem

LAPSOS ESCATOLÓGICOS

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Nesse fim de semana discorri no culto no AbrigoR15 a respeito da segunda vinda de Cristo, baseado no capítulo 24 de Mateus. Não há assunto mais controverso e tema mais mal compreendido que este. Desde a década de setenta, com as asseverações dogmáticas e os esquemas dispensacionalistas de Scofield , somados aos livros populares de Hal Lindsey (“A Agonia do grande Planeta Terra” e “Satanás está Vivo e Ativo no Planeta Terra”) , e hoje, com os livros infanto-juvenis de Tim LaHaye e seus “Deixados para Trás”, vemos o quão distantes estamos de uma aproximação razoável do que Jesus realmente quis dizer. Esses intérpretes do futuro se emaranham numa teia labiríntica de especulações sem base, e à semelhança de rabinos da cabala judaica acabam por se perder em um cipoal de interpretações literais, códigos criptografados e numerologias ridículas, bem como em falsas interpretações epistemológicas que ignoram o paralelo que deve existir entre o texto escriturístico e os eventos da história atua

JESUS NÃO ERA EVANGÉLICO

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Fico a conjecturar, se houvesse um retrocesso na história e Jesus voltasse novamente, não entre nuvens do céu na parousia em poder e glória, mas, novamente como o singelo profeta da Galiléia, e visitasse as zilhões de igrejas espalhadas pelo planeta que se intitulam cristãs, se Ele seria simpatizante de algumas das denominações instituídas do nosso tempo. Com certeza os “conheço as tuas obras” e os “tenho, porém, contra ti” sobre esses agrupamentos ditos evangélicos, atingiriam dimensões colossais. Ora, Jesus, uma vez entre nós outra vez, certamente usaria da mesma sabedoria que usou quando andava pela Terra, nas ruas da Palestina, não aderindo a nenhum dos postulados dessas denominações, das propostas das grandes corporações da fé e dos super conglomerados da religião, das igrejas-empresa que superestimam números, estatísticas e resultados de crescimento numérico, não se encaixando em nenhuma bitola teológica sistemática ou dogmática, não se deixando caber em nenhuma fôrma doutrinária

QUESTIONE ANTES...

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Cinco dicas pra você não pagar mico na igreja: Questione antes... De obedecer cegamente líderes com atitudes suspeitosas, que descaradamente amam o dinheiro e suas vertentes, que impudentemente carregam dólares nas páginas da Bíblia para burlar a Receita Federal, que têm palácios, haras, fazendas e mansões no exterior, e possuem contas na Suíça ou em outros paraísos fiscais, que envergonham o Evangelho com seus nomes sujos na praça, ou são citados em rede nacional, acusados de lavagem de dinheiro, como qualquer corrupto ou bandido de colarinho branco. Saia desse transe agora e desperte para o fato de que um líder deve ter o mínimo de decência, sobriedade, bom senso, discrição, simplicidade e um alto padrão de espiritualidade condizente com a vida de Jesus, nosso Exemplo maior, que manifestava um amor incondicional e despojado, e vivia humildemente, chegando até a declarar que o Filho do Homem não tinha onde reclinar a cabeça. Não, NÃO. Esses pilantras travestidos de pastores NÃO ESTÃO

PROFETADA TELEVISIVA

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Essa semana estava assistindo pela televisão um programa gospel. Que fique aqui minha grave notificação: Nunca vi tanta enganação em nome do Evangelho! Às vezes, escorrego o dedo no controle e tento ingerir, goela abaixo, com muito esforço e extrema dificuldade, programas gospels para ouvir o que estão dizendo e cantando (afinal não quero ficar por fora do que acontece no mundo evangélico, e me alienar de vez!) mas só para depois constatar, estarrecido, o quando estamos distantes do caminho original. O que mais vejo? “Apóstolos”, pastores, bispos, pregadores e dirigentes de grandes corporações da fé, em seus programas de TV, falando abobrinhas e outras hortaliças comuns ao canteiro igrejeiro de nossos tempos. Fiquei ali, vendo aquela presepada, aquele circo, aquela encenação melodramática, com direito a tom piedoso e impostação de voz de profeta, trêmula e cheia de “autoridade” divina. Creiam, corei de vergonha e quase choro, e me enchi de zelo de Deus, tenham certeza. Nunca vi tanto

DESCONSTRUINDO O MITO DA DOUTRINA VERDADEIRA

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No tempo do seminário, um professor sábio e piedoso (O holandês Francisco Leonardo) sempre nos alertava com sua voz grave de barítono: “cada um de nós tem um herege em potencial dentro do coração, então, tome cuidado, irmão!”. O problema é quando giramos a metralhadora giratória e julgamos àqueles que não comungam com nossa regra, e como hereges condenados à fogueira da inquisição de nossa visão estreita, os alijamos de nosso contexto, como que olhando para o nosso próprio umbigo como sendo o centro da verdade universal e o ponto fixo do universo do pêndulo de Foucaut no romance de Umberto Eco. E não vemos nunca que o herege pode estar do outro lado do espelho! Concordo em número e grau com Rob Bell quando diz que doutrina deve ser abordada como uma mola de uma cama elástica, flexível e de fácil manuseio. Se tirarmos uma mola, ou se uma mola quebra a cama não perderá sua integridade. Mas quando tratamos de doutrina como um tijolo de um muro, duro e inflexível, ao depararmos com a inver

DAR A CÉSAR OU A DEUS? EIS A QUESTÃO.

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Mensagem pregada no domingo, dia 02 de agosto de 2009, no Abrigo R15, baseada em Mateus 22.15-22. Ao pronunciar essa frase famosa, Jesus quer nos mostrar que coexistimos com dois reinos distintos. O do céu e o da terra. São dois reinos que estamos envolvidos quer queiramos ou não. Vemos no contexto que Jesus estava sendo perseguido pelos líderes eligiosos de forma sutil, tendo estes criado várias “cascas de banana” para que Jesus escorregasse. Essa foi mais uma arapuca que os fariseus armaram pra fazer Jesus ficar desmoralizado. Na mesma manhã desse mesmo dia, Jesus se saiu triunfalmente por meio de uma contra-pergunta, derrotando seus opositores invejosos. Jesus chega a desmascará-los chamando-os de assassinos. Mas esse confronto não os induziu ao arrependimento. Ao contrário, tornaram-se mais decididos em matar Jesus. Confabularam e conspiraram clandestinamente em como poderiam surpreendê-lo em alguma contradição, e assim ter provas legais com que acusá-lo e condená-lo à morte. PARTI