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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

igreja-circo

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Da área externa do estacionamento podiam-se ver as pontas das lonas que se erguiam numa altura descomunal. Nas torres principais vislumbravam-se contra o céu limpo as bandeiras com a logo da Igreja-Circo tremulando ao vento. Na extensão do grande pátio havia barracas de venda de todo tipo de produtos gospel desde frascos diversificados de óleos ungidos até bíblias de batalha espiritual e unção financeira, vendidas ao “preço módico” de 1000 reais.  Uma grande multidão se movimentava freneticamente, se avolumando na entrada principal, homens e mulheres se acotovelavam e se comprimiam buscando uma oportunidade para entrar e se acomodar debaixo da grande lona armada.  Um diácono-anão de chapéu de palha, suspensório e gravata borboleta postado sobre um alto palanque gritava em seu possante megafone que a hora se esgotava, e que o espetáculo já estava para começar.  Eu consegui entrar como por milagre, pois uma onda de fiéis me arrastaram contra a correnteza humana, e quando dei por mim, já

DOM QUIXOTE

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Há algum tempo andava procurando uma miniatura do Dom Quixote de La Mancha e não encontrei nenhuma no mercado manauara. Então resolvi fazer minha própria escultura usando cola durepoxi. Deu um trabalhinho básico, pois tive que desenhar o esboço no papel, procurar modelos na internet, comprar material, fazer um esqueleto de arame e moldar nele peça por peça, esperar secar e lixar para dar o acabamento final. Mas valeu o esforço! Porque gosto do Dom Quixote? É porque ele é um visionário contumaz, um perseguidor do irreal, percorrendo o mundo montado em seu alazão,lutando contra moinhos de vento como se fossem monstros mitológicos e dragões ferocíssimos. Quem dera tivesse metade da garra de vencer obstáculos de Dom Quixote de La mancha! Mas Dom Quixote também possui um coração super positivo, que sempre vê o bem no outro, haja visto a imagem que construiu de sua amada Dulcinéia, uma mulher sem atrativos físicos, insignificante, e ainda mais, de péssima reputação, mas que ele via acim

QUEM VAI AMAR OS GAYS?

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No fim-de-semana passado, exibi em nossa reunião no Abrigo R15 o video ”Senhor, salve-nos dos teus seguidores!” E como não podia deixar de ser, o tema sobre homossexualidade veio a tona, pois vimos o autor do documentário armar um confessionário no meio da parada gay (nos EUA), e ali, confessar a quem entrasse, os pecados da igreja evangélica, sua omissão, os maus tratos, o ódio e indiferença desferidos nos útimos trinta anos, desde que a AIDS apareceu no mundo,  sendo vista como instrumento de disciplina divina contra a “praga” gay. Pergunto: Se a igreja se omite e odeia, quem vai amar os gays? Creio que parte da resposta se concentra na nossa necessidade de encarnarmos o Evangelho de Cristo. Se nós não encarnarmos o Evangelho da graça de uma vez por todas, e se não materializarmos o amor de Jesus em forma de envolvimento compassivo, não só vamos continuar ignorando o assunto como se não existisse, como também continuaremos a vestir a roupagem do fariseu, passando ao largo, ev

FREDERICO ORR

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Tenho boas e enesquecíveis lembranças da pessoa marcante e inconfudivelmente cristã que é Frederico Orr. Desde os tempos de menino, a igreja batista da qual fazia parte esperava com expectatativa as manhãs ou noites que ele era convidado a pregar. Lembro de algumas mensagens que ouvi, e a impressão que dava era que enquanto ele pregava, ora éramos levados ao choro e ao quebrantamento, e ora, poucos momentos depois, ao riso descontraído. No dia da cerimônia de despedida do pastor Caio Fábio (pai), Frederico Orr veio à frente ajudado por alguém que o conduzia em uma cadeira de rodas. Subiu ao púlpito com dificuldade, segurou o microfone com mão trêmula, mas proferiu uma palavra segura cheia de autoridade de Deus. No ocasião, falava ele que o velho Caio podia ser conceituado pelo que Paulo dizia de si mesmo: um homem segundo Cristo. Posso também afirmar que Fred Orr era um homem segundo Cristo. Seu testemunho de vida, que compartilhou inúmeras vezes em várias ocasiões, de quando chego

BBB, REALITY SHOW DA VULGARIDADE

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Não pensem que é falso moralismo exarcerbado de minha parte, mas não engulo o BBB. Talvez porque tenha crises sistemáticas de aversão à TV Globo, pela forma como ela manipula a opinião pública  impondo modismos goela abaixo, sempre tendenciosa, levando milhões de pessoas a comportarem-se como verdadeiros zumbis teleguiados, e isso me dá asco. Mas ainda vejo o JN, mas com o freio de mão acionado e o pé mais do que atrás. A idéia de um big brother originalmente vem do livro 1984 de George Orwell. A história se passa no "longínquo" ano de 1984 na Inglaterra. O cenário é um regime totalitarista, onde o Grande Irmão (Big Brother), o ditador venerado por todos, com sua Polícia do Pensamento onisciente e onipresente, escaneia a vida de todos os cidadãos da sociedade vigiada. Ninguém podia fugir à varredura implacável do Grande Irmão, que tudo via com seus olhos perscrutradores ajudado por um circuito de televisão com câmeras instaladas em todos os lugares e em todos os compartiment

EVANGELISMO E TUCUNARÉ, TUDO A VER

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Ontem, meu filho do coração e amigo do peito Alexandre Godeau mandou uma foto antiga pelo Facebook, de quando passava as férias com a família e amigos no retiro Monte Sião, às margens do rio Urubu. A data, marcada em vermelho, marca o ano de 20o4. À propósito, coincidentemente, ontem, no Abrigo R15, falei na mensagem sobre evangelismo tipo "corrico colorido", que se utiliza da ação social como uma isca para as pessoas aceitarem Jesus, e expus rapidamente como esse tipo de abordagem evangelística e a pesca do tucunaré são parecidas. Primeiro, precisa-se definir aqui e explicar o que seja corrico. Na verdade é uma modalidade de pescaria de anzol que consiste em o pescador imprimir à canoa uma marcha lenta e contínua, deixando a linha estendida à tona da água para que o peixe seja atraído pelos saltos da isca e venha prender-se ao anzol. A isca originalmente é uma "colher" de alumínio simples, com um anzol preso na ponta ,  Mais os que eu usava eram mais s