E VIVA A LIBERDADE!



Algumas pessoas tem me perguntado sobre o que quero dizer com liberdade consciente, termo que venho utilizando bastante em mensagens e conversas. O apóstolo Paulo escrevendo aos gálatas nos diz que fomos criados para a liberdade e que não devemos usar a liberdade que temos, pra dar vasão à licenciosidade. Tem gente que pensa que ser livre é fazer o que quiser, botar pra quebrar por aí. Liberdade não tem nada a ver com isso. E não há texto mais mal interpretado que este, inclusive pelos legalistas de plantão, o usando para defenderem argumentos que soterram muitos cristãos sinceros debaixo de uma avalanche de regras e proibições insuportáveis. Para mim está claro como o céu amazônico em dias de sol abrasador...
Regra é matéria para principiante. Não para cristão maduro. No início da fé, a regra tem seu lugar, mas só no início, sendo aplicada a neófitos, ou a criancinhas de creche espiritual, e sendo muito utilizada por religiosos para calejar mais ainda suas mentes esquisofrênicas, mas depois de se atingir a maturidade, regras podem se tornar armadilhas perigosas e impedimentos destruidores da verdadeira liberdade, devendo ser esquecidas como velhos rudimentos por aqueles que se propõem a buscar uma vivência mais encorpada na experiência com Deus, e vão viver a experiência sensacional de ver, sentir e escolher como Jesus de Nazaré.
Reintero alguns antigos pressupostos que reafirmo à luz das Escrituras Sagradas. Fomos libertos do governo das trevas da escravidão do pecado para a maravilhosa luz de Deus. Nesse sentido, livres que nos tornamos, já estamos imersos no Reino do Filho do Amor de Deus, dentro da escatologia realizada, ou seja, nessa vida terrena, a princípio, já estamos participando da glória prometida que vai ser revelada com plena intensidade no futuro.
Difício é entender o processo que acontece entre uma coisa e outra, e é aí que embola o meio de campo, quando aqui passamos por grandes tentações, e em nós a carne treme, o coração pulsa descompassadamente e também nos deparamos diante da placa de bronze do aparente silêncio de Deus, por grandes e longos momentos de calmaria mortal.
É nesse ponto da história real do cristão em direção ao céu, e que a Bíblia chama de santificação e de desenvolvimento da salvação, que precisaremos de bases sólidas de fé para ajustar nosso foco no que o Evangelho fala, para jamais incorrermos no erro de cairmos de cabeça no mar revolto das teologias moralistas que chegam às raias do legalismo farisáico e que leva, do mesmo jeito ao inferno, como qualquer distorção da verdade e pecado consciente, vil por si mesmo que é, em sua essência hedionda.
A ferramenta que devemos utilisar para uma vida aprovada por Deus, eu chamo de liberdade consciente. É fruto de um relacionamento profundo com Jesus, um estágio de convivência com Ele, que nos levará às escolhas certas, e a fazer opções aceitas pela Palavra de Deus.
Esse é o segredo que a igreja tem dificuldade em descobrir, e por não saber o que fazer, cerca seus membros de regras e ameaças de disciplinas aterrorizantes, e como o rigor ascético não tem valor contra a sensualidade, ao ver o pecado proliferar com mais intensidade, a liderança fica correndo da sala pra cozinha. Considero um pecado capital, venial e o escambau, exigir mudanças que sejam resposta de sermões/chibatadas, ou da pressão que se você não fizer assim, sai do louvor, da liderança do grupo, ou da igreja mesmo. Isso decepa e exclui, mas não produz vida e restauração. Essa iniciativa não vai operar nada de bom, ao contrário, vai é aumentar o número de crentes hipócritas na esteira de produção da igreja/engrenagem, gerando uma rede nefasta de julgamentos, intrigas e suspeitas. A mudança, se não for manifestação do Espírito de Deus na mente e no coração do homem convertido gerando mudança na conduta, não tem sentido nenhum. É mera religiosidade vazia.
Temos sim, de ter coragem para produzir um exército de jovens, homens e mulheres que sejam maduros em Cristo para vivenciar a liberdade consciente diante dos desafios da vida, e na individualidade de cada um, descobrir a riqueza da diversidade de expressões e experiências de cristãos saudáveis que encarnaram a moderação que deve ser conhecida diante dos homens e de Deus, o que é o mais importante.
Se têm a mente de Cristo, esses cristão livres vão ouvir música, ver shows, namorar, beber, ler, ver vídeos e filmes, negociar, orar e cultuar a Deus, agora despojados da dicotomia agostiniana/platônica do espiritual/profano, mas ver tudo sob a ótica do olhar de Jesus, e o de Paulo que diz que devemos julgar todas as coisas e reter o que é bom, tendo licença para manusear todas as coisas, mas sem se deixar dominar por nenhuma delas. Isso é alcançar a maturidade da liberdade consciente conforme está nas Escrituras.
Não. Não vai liberar geral. E, fique tranqüilo, nossos jovens não vão se perder. Vão sim se tornar cristãos maravilhosas.
É claro que teremos que correr algum risco, (alguém pode se empolgar?) mas é preferível dessa forma, do que viver a eterna ilusão de uma igreja perfeita, no entanto, minada pelas infiltrações enegrecidas da falsidade e da religiosidade improdutiva.
Você pode hoje viver essa liberdade! Mas tem que crescer em direção à santidade/amizade com Jesus, aquele que quer nos ver verdadeiramente livres!

Comentários

markeetoo disse…
tava inspirado hein! eheheh
mt bom o texto. que estejamos uns ajudando os outros a não ingressar no "libera geral" nem no legalismo hipócrita.
Ed disse…
esse texto era tudo quer precisava lê hj, muito bom mesmo, obrigada por compartilhar..
abraços!
Muito bom! Realmente é um grande desafio encontrar esse equilíbrio e desfrutar da liberdade genuína! Mas com a ajuda da comunidade a tarefa torna-se menos árdua...
Alexandre Silva disse…
Texto muito bom. A liberdade de viver embute responsabilidade. Viver é preciso. Viva os momentos.
Este comentário foi removido pelo autor.
Texto excelente, que trás à tona a atual necessidade de um upgrade dentro de nossas igrejas. Upgrade este, com consciência real do que Paulo quis dizer... Inspiração vinda do Alto!
Marilena Silva disse…
Eu acredito que quando temos compromisso e amamos a Deus o nosso foco se ajusta e fazer as melhores escolhas se torna simples e natural. Amei o texto.

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