igreja da redoma gospel
Havia na terra, nos dias idos em que imperava o legalismo impiedoso, uma grei de membresia inumerável que vivia oprimido sob a luz cinzenta refletida do teto de uma redoma de imensurável invergadura, inquebrável e sufocante sob a qual habitava, e que tingia de tons de cinza todo cenário daquela localidade.
O povo que lá vivia era muito ordeiro, todo perfilado em grandes esteiras, qual exécito de soldadinhos de chumbo produzido em série, marchando de forma uniforme, falando todos a sua linguagem de gueto confessional, gesticulando e se vestindo na moda gospel, consumindo música e produtos com selo gospel, absolutamente alieado do mundo exterior.
Além disso tudo, era um povo fortemente vigiado pelos guardiãos de olhos escaneadores, que espreitavam das sombras, jamais descansando, rastreando com seu faro aguçado o mínimo cheiro de fraqueza ou detectando qualquer tropeço, adentrando as vidas, aterrorizando-as com suas histórias de condenação e intimidando-as com fortes ameaças de excomunhão sumária. Vigiavam assim, dia e noite, fazendo sua varredura minuciosa, conferindo se os membros estavam andando na linha ou fora do prumo, se estavam descambando para longe das regras comportamentais e dos ditames conforme tradições de tempos imemoriais que inexplicavelmente seguiam à risca.
Só que o que o povo da redoma não sabia era que havia uma outra forma de vida fora de seus limites que jamais havia vivenciado. Lá fora, em meio as terras sombrias do Opositor, existia um povo alegre que crescia exponencialmente e que habitava as ilhas do Sol Nascente, pontos de luminosidade que flutuavam suavemente à deriva, levadas pela vontade soberana do Rei -Amigo, um reino sem fim composto de várias outras ilhas, cuja gente era orientada pela luz exuberante da liberdade consciente e pelo brilho cálido das escolhas livres de cada um. Lá a luz era sempre viva e intensa, iluminando as faces de todos os súditos com a riqueza da diversidade sem divisão e unidos pela argamassa inquebrantável da unidade sem uniformidade, provindas do Rei-Amigo o qual derramava copiosamente O Seu amor, drenado de Seus poros escancarados que irrigavam a terra gerando o culto da vida nos embates das lutas do cotidiano, fomentando consequentemente fortes laços de amizade e solidificando relacionamentos saudáveis que se cristalizavam na vida comum desse Povo da Luz.
Um dia, um grupo de conspiradores do Rei-Amigo, composto de amigos de vários lugares do Reino, dilacerados pelo amor e arrebatados por uma compaixão solidária irrefreável, resolveram dissolver a dureza do aço da redoma, abrindo uma fenda na carapaça endurecida daquela enorme bolha gospel. Depois que adentraram o lugar, tentaram de forma sutil e persuasiva mostrar ao maior número de pessoas, a possibilidade de haver uma outra forma de viver, que não precisava estarem subjugados pela Lei opressora da religiosidade, mas podiam viver debaixo da Lei do Amor e do Evangelho do viver simples.
Foi lindo. Muitos disseram basta e saíam voluntariamente das esteiras, vocacionados que eram para viverem sob a luz da liberdade, outros fizeram boicotes, enguiçando os mecanismos das máquinas rompendo com estruturas pesadas e correndo dos programas e eventos competitivos onde se premiavam somente os mais esforçados e capazes, sorriam comovidos ao serem banhados pela luz do Sol Nascente, outros mais, arrebentavam suas próprias correntes presas a enormes bolas de chumbo de desempenho humano, e enfileirados saíam alegres para a luz da liberdade consciente, sabendo agora que podiam depender só e exclusivamente da aceitação plena do Rei-Amigo e de Seu reconhecimento incondicional em um abraço infindo e eterno.
Mas infelizmente, milhares e milhares ainda permaneceram lá, soterrados sob a redoma, lustrando febrilmente suas bolas de chumbo, outros empurraram com força desmedida as barras pesadas que acionavam a engranagem da religiosidade cega, produzindo um som estridente e estático que perdurou por muito tempo, enquanto as rodas enferrujadas debaixo da esteira começaram a rolar e os soldadinhos de chumbo continuaram sua marcha obstinada em direção à religiosidade mortal.
O povo que lá vivia era muito ordeiro, todo perfilado em grandes esteiras, qual exécito de soldadinhos de chumbo produzido em série, marchando de forma uniforme, falando todos a sua linguagem de gueto confessional, gesticulando e se vestindo na moda gospel, consumindo música e produtos com selo gospel, absolutamente alieado do mundo exterior.
Além disso tudo, era um povo fortemente vigiado pelos guardiãos de olhos escaneadores, que espreitavam das sombras, jamais descansando, rastreando com seu faro aguçado o mínimo cheiro de fraqueza ou detectando qualquer tropeço, adentrando as vidas, aterrorizando-as com suas histórias de condenação e intimidando-as com fortes ameaças de excomunhão sumária. Vigiavam assim, dia e noite, fazendo sua varredura minuciosa, conferindo se os membros estavam andando na linha ou fora do prumo, se estavam descambando para longe das regras comportamentais e dos ditames conforme tradições de tempos imemoriais que inexplicavelmente seguiam à risca.
Só que o que o povo da redoma não sabia era que havia uma outra forma de vida fora de seus limites que jamais havia vivenciado. Lá fora, em meio as terras sombrias do Opositor, existia um povo alegre que crescia exponencialmente e que habitava as ilhas do Sol Nascente, pontos de luminosidade que flutuavam suavemente à deriva, levadas pela vontade soberana do Rei -Amigo, um reino sem fim composto de várias outras ilhas, cuja gente era orientada pela luz exuberante da liberdade consciente e pelo brilho cálido das escolhas livres de cada um. Lá a luz era sempre viva e intensa, iluminando as faces de todos os súditos com a riqueza da diversidade sem divisão e unidos pela argamassa inquebrantável da unidade sem uniformidade, provindas do Rei-Amigo o qual derramava copiosamente O Seu amor, drenado de Seus poros escancarados que irrigavam a terra gerando o culto da vida nos embates das lutas do cotidiano, fomentando consequentemente fortes laços de amizade e solidificando relacionamentos saudáveis que se cristalizavam na vida comum desse Povo da Luz.
Um dia, um grupo de conspiradores do Rei-Amigo, composto de amigos de vários lugares do Reino, dilacerados pelo amor e arrebatados por uma compaixão solidária irrefreável, resolveram dissolver a dureza do aço da redoma, abrindo uma fenda na carapaça endurecida daquela enorme bolha gospel. Depois que adentraram o lugar, tentaram de forma sutil e persuasiva mostrar ao maior número de pessoas, a possibilidade de haver uma outra forma de viver, que não precisava estarem subjugados pela Lei opressora da religiosidade, mas podiam viver debaixo da Lei do Amor e do Evangelho do viver simples.
Foi lindo. Muitos disseram basta e saíam voluntariamente das esteiras, vocacionados que eram para viverem sob a luz da liberdade, outros fizeram boicotes, enguiçando os mecanismos das máquinas rompendo com estruturas pesadas e correndo dos programas e eventos competitivos onde se premiavam somente os mais esforçados e capazes, sorriam comovidos ao serem banhados pela luz do Sol Nascente, outros mais, arrebentavam suas próprias correntes presas a enormes bolas de chumbo de desempenho humano, e enfileirados saíam alegres para a luz da liberdade consciente, sabendo agora que podiam depender só e exclusivamente da aceitação plena do Rei-Amigo e de Seu reconhecimento incondicional em um abraço infindo e eterno.
Mas infelizmente, milhares e milhares ainda permaneceram lá, soterrados sob a redoma, lustrando febrilmente suas bolas de chumbo, outros empurraram com força desmedida as barras pesadas que acionavam a engranagem da religiosidade cega, produzindo um som estridente e estático que perdurou por muito tempo, enquanto as rodas enferrujadas debaixo da esteira começaram a rolar e os soldadinhos de chumbo continuaram sua marcha obstinada em direção à religiosidade mortal.
Comentários
A religiosidade é um pecado aceito na maioria das igrejas, e isso é triste e deve ser combatido.
Massa demais. Dava pra fazer um curta até =]
A Paz,
Saulo Lino
Igreja 180º - Brasília | DF
Vamos ajudar nossos irmãos a saírem da redoma. Vamos apresentá-los o Deus que liberta do pecado e da religiosidade.